É isso aí, gente. Depois de mais de 20 anos sem pisar numa sala de concurso, eu prestei o CNU. Infelizmente, sem estudar. Digo isso sem nenhum orgulho, como estranhamente fazem alguns jovens. É que entre a inscrição e a prova, veio o diagnóstico de síndrome rara de Benjamin (recentemente, recebemos um laudo complementar que merece um texto à parte, pois agora somos um “caso indeterminado”). Além do desespero, entramos em nova rodada de exames. Exame para tudo. Sangue, eletroencefalograma, raio x.
E eu não comentei aqui, mas depois de passar muito mal várias vezes, finalmente, fiz alguns exames (ainda tenho outros tantos por fazer) e descobri que estou pré-diabética, anêmica, com ácido úrico altíssimo (a ponto de a endócrino temer uma crise de gota), colesterol lá em cima, uma pedra de 8cm na vesícula (eu ignorava as cólicas que sentia, e agora, que eu sei a causa, não consegui marcar médico e cirurgia; talvez, em setembro?). Ah, também entrei no climatério, aquele período que precede a menopausa. Resumo: estou tomando 9 comprimidos por dia e tenho que emagrecer 8kg. Emagreci apenas 2,5kg desde meados de julho e estou achando dificílimo emagrecer mais.
Dito tudo isto, é praticamente certo, olhando o gabarito extraoficial dos cursinhos e divulgado pelo G1, que eu tenha acertado mais de 71% da prova. Não sei se isso será suficiente para corrigirem minha questão dissertativa, que tenho certeza ter feito muito bem, afinal, o tema era saúde e morte no sistema carcerário, mas gostaria que sim, gostaria de ter minha questão lida e pontuada.
Não acho que 71% ou algo um pouco maior (espero questões anuladas) seja suficiente para passar. Não é isso. Mas estou muito perplexa e satisfeita com essa pontuação. 70%, vocês sabem, é a marca de aprovação em qualquer disciplina onde não há concorrência. É um percentual que indica bom conhecimento. E tudo isso foi feito com o acúmulo de uma vida sem revisão, sem estudo.
Eu não consigo parar de pensar o que seria possível se me fosse dada a benção de poder estudar. Agora que eu acho, cada vez mais, que minha carreira acadêmica está praticamente encerrada (season finale em outubro com o fim do pós-doc), e se meu trabalho de cuidado fosse reconhecido e remunerado e eu não tivesse que ficar correndo atrás de bicos, lançando curso atrás de curso, e tivesse, talvez, 01 ano para revisar um conteúdo como o do CNU? É… talvez.
Bom, eu volto aqui da próxima vez com texto fichado, não é possível.
Ah, hoje foi a primeira aula de natação de Zé! Ele não só entrou na piscina com o professor que nunca tinha visto na vida, como obedeceu ao comando de bater as pernas. Vocês entendem isso? Ele seguiu as instruções de uma voz estranha! Foi genial, gente!
Eu soube que aqui pelo subs tem gente reclamando que a rede (isso aqui é uma rede?) já foi mais seleta, mais bem frequentada, um lugar para inovações literárias de escritores(as) de verdade e coisa e tal, e agora foi invadida por pessoas que escrevem na forma de mommy blog… A GAITADA QUE EU DEI.
Oi gente, prazer, eu mesma. Esse é meu mommy blog. Não esqueçam de assinar a newsletter, se puderem. Porém, lembrem que o conteúdo é para todes, porque coração de mãe é assim, sempre cabe todo mundo.
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Correção, 75%
Poxa, Aline, tô torcendo muito por você no CNU. Mesmo nessas condições, vai que alguma santinha dá uma força, né?